terça-feira, 28 de outubro de 2008

o segundo dia














Para quem como eu já anda nisto há muito tempo não há como o início do segundo dia para ver na removimentação do corpo focado no esforço das pernas que pedalam o sinal dos melhores augúrios. A viagem de regresso lento inicia-se na subida da Sertã em direcção ao sul, para Vila de Rei. Mas na vertigem da descida até à ponte sobre a Ribeira de Isna reconheço como a aceleração torna o espaço irrisório, tudo se decidindo então na fisicalidade que em mim parece absorver toda a paisagem. A nova subida ergue-me para o sol e quilómetros andados, para saber onde estou ,encosto a bicicleta a um sinal que agora não seguirei e faço uma foto testemunho. À minha direita ficará por ver a desconhecida terra de Relva de Boi. Uns quilómetros depois álcei-me até ao Picoto da Milriça dito e celebrado centro geodésico de Portugal. Fascinou-me a ideia de, em dia mais claro ,avistar a cem quilómetros de distância a Serra da Estrela. Em Vila de Rei recolho um detalhado e utilíssimo desdobrável que me encaminhará com segurança e em modo de novo descendente até á Zaboeira onde sem entusiasmo degusto uns breves achegãs que desmentem o Paraiso onde,Zêzere à vista, sou suposto estar.
O resto da tarde dediquei-o a chegar a Tomar onde cerca das cinco o simpático suburbano em
duas horas me devolveu à capital. A acreditar no conta quilómetros em dois dias de excursão terei andado a pedalar por 130km.








































































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